quinta-feira, 9 de junho de 2016


Prólogo: Histórias do Passado

No princípio havia a luz, a justiça e a escuridão, então houve uma batalha entre a luz e a escuridão e desta luta nasceu o mundo; tal batalha descomunal destruiu os corpos físicos dos combatentes só sobrando suas essências, a noite e o dia em um conflito eterno. Rhanor, a justiça, em sua tristeza criou a lua, onde fez sua morada eterna, porem antes de sua partida Rhanor derramou sete lágrimas de tristeza, lágrimas essas que se tornaram gemas de grande poder e eram bênçãos para os povos que naquele mundo floresceram.
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O mundo forjado na batalha tem a guerra como sua sina, Avalon, Andalus, Elisa, Daron e Maruz foram os continentes que abrigaram a vida em Enora, o nome dado por Rhanor aquele mundo.
Este mundo foi envolto novamente por sombras e pela guerra, onde a magia e a coragem foram provadas, onde batalhas foram travadas e deixaram feridas profundas que nem o tempo conseguiu apagar. Mundo que foi palco da Guerra dos Deuses, como assim foi conhecida, onde raças mostraram suas forças, unindo povos e obrigando inimigos a lutarem lado a lado pelo mesmo ideal para salvarem o mundo da destruição e da escravidão que o mal trazia. Esta guerra criou guerreiros de coragem descomunal, fazendo soldados virarem lendas... Mas o preço foi alto demais.
A Guerra dos Deuses destruiu mais que o continente de Avalon, a terra onde outrora era lar de milhares de vidas, que hoje coberto pelas águas, serve apenas de cemitério dos combatentes ou dos menos afortunados que não conseguiram escapar daquele horror. As batalhas sangrentas que ali ocorreram ceifaram vidas, afastaram famílias e fizeram reinos e reis sucumbirem. O sangue dos inocentes manchou a terra, o mar se tornou vermelho e o céu perdeu o brilho, tendo a pálida luz da lua como testemunha daquela batalha épica.
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Mil anos se passaram após a Guerra dos Deuses, o mundo se reergueu e agora quatro continentes davam brilho aquela terra, o que ainda era selvagem teve de ser conquistado, reinos ressurgiram como a Fênix, ave que volta à vida das cinzas, e como o fogo que é expelido pela boca de um dragão pequenos se tornaram grandes, pois a cobiça está entranhada nos corações e os tempos de paz duraram pouco. Muralhas foram erguidas para separar raças e ideias, novas batalhas marcaram a terra e ampliaram as divisas, pois a busca pelo poder crescia na mente dos reis, forjando impérios pelo aço.
De Avalon apenas um conjunto de ilhas restou, um arquipélago comparado ao mais desenvolvido dos continentes em seu auge, mas nestas pequenas ilhas há muitos mistérios e relíquias deixadas da Guerra dos Deuses. Alguns poucos conseguiram aportar em suas praias e regressaram e são menos os que falam o assunto, os que se atrevem contam histórias sobre o mal que ainda vive sobre aquelas terras, como uma herança ou praga que domina a mente dos fracos e seus corações. Ali, o mal novamente ressurgiu na forma de um exército maligno, que comandado por Vorlak, o Profano, rendeu-se à ganância e ao poder das trevas.
Seu alvo inicial é o continente de Elisa, que fica ao sul das Ilhas de Avalon, uma terra gelada onde a neve só se acumula nos picos de suas cordilheiras, há poucos lugares que ainda resistem à um exército tão poderoso, formado pelas piores criaturas existentes no mundo; tudo o que é mal se rende a ele aumentando cada vez mais suas fileiras.
A ameaça deste conquistador faz com que reis e imperadores busquem alianças no continente Daron, a leste das Ilhas de Avalon, conhecido como lar dos anões. Os rumores da guerra movimentam os clans anões e os tambores de batalhas soam em seus grandes salões. Já Maruz, que é conhecido como o continente selvagem, pois somente uma pequena parte de suas terras foram colonizadas, está localizado mais ao norte das Ilhas de Avalon, Maruz se mantém alheio aos problemas do resto do mundo...

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